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Álbum de fotos do grupo Aventureiros do Vale do Taquari
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ultradesafio Farroupilha 24 horas


Com muita satisfação e muita ansiedade, anunciamos nossa participação em mais um desafio esportivo: participaremos nos dias 17 e 18 de setembro do Ultra Desafio Farroupilha 24 Horas, ultramaratona de revezamento na qual estaremos correndo por 24 horas ininterruptas com objetivo de fazer a maior quilometragem possível.

A participação neste evento só foi possível com a parceria com a Costaneira Acabamentos e Móveis Planejados. Estaremos presentes usando este nome e divulgando a marca (a loja com sede em Lajeado tem 3 filiais em Porto Alegre e outras em várias cidades do estado).

O quarteto masculino formado por mim, Jean, mais Eduardo e Giovani, contará com o reforço do Carlos. Excelente corredor nas distâncias curtas, vamos ver como ele se sai na prova de resistência.

Agora é treinar nas semanas que faltam até o evento. E bora correr!

Abraço

Jean

domingo, 21 de agosto de 2011

Infância recuperada

"Domingo de inverno com sol. Nós não aguentamos ficar muito tempo na cama. Logo estávamos de pé, dispostos, e saímos para começar a brincadeira.

As risadas começaram logo no encontro da turma, anunciando um domingo bem legal.

Passamos o dia fazendo molecagens, brincando, roubamos laranja, roubamos cana (e carregamos prá bem longe), fugimos de cachorros, assustamos gatos, jogamos abacate de cima do morro, andamos no mato, sapateamos no barro.

O tempo passou rápido, não tínhamos hora prá almoçar, não tínhamos hora prá nada, não tínhamos preocupações de espécie nenhuma. Quando tínhamos fome e sede, comíamos e bebíamos, quando ficávamos cansados, parávamos e descansávamos. Guloseimas totalmente liberadas!

Ninguém fez questão de falar muita coisa séria. Ninguém deu bola para ficar cansado, pro frio, pro vento, o prazer da brincadeira nos fazia esquecer os pés e pernas doloridos e o suor não importava.

O que importava era o prazer da aventura e da companhia, fazer coisas diferentes pelo simples fato de poder fazê-las. Ir a lugares diferentes apenas porque eles estavam lá.

Voltamos cansados, com fome, sujos, felizes.

Cheguei em casa e ainda pude ouvir um sonoro 'Onde o senhor estava até essa hora?', vindo de uma voz feminina bem conhecida, num misto de preocupação com a demora e satisfação por me ver novamente são e salvo."

-X-

Essa história poderia ter sido contada por mim 30 anos atrás e talvez tenha lembrado a quem está lendo de sua infância (pelo menos para quem viveu no interior).

Mas, não. Aconteceu hoje e foi muito bom. A única mudança de 30 anos para cá seria no tom de voz. No lugar de minha mãe, quem fala hoje é minha filha...

Sem mais o que falar!

Valeu Duda, Tati e Giovani. 85 km excelentes de pedal! Fotos aqui.



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Vídeo do último treino

Uma boa dica para quem, como eu, gosta de filmar os treinos, os locais por onde passa, o terreno difícil, etc., mas não agüenta ver aquele vídeo todo tremido depois.

Usei dois softwares free (VirtualDub e seu plugin Deshaker) para estabilizar um vídeo da gente correndo no Morro Gaúcho.

O terreno era tão acidentado que o vídeo se desloca de tal forma que a imagem fica com enormes bordas, mas o resultado final é bem bom.

Curtam e reparem no piso por onde a gente andou... haja tornozelos...

Assista ao vídeo aqui.

Abraço

Jean


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sobre Poodles e Homens

Reprodução do material do Blog do Max. Excelente!

John Steinbeck, que eu saiba, nunca foi ciclista ou atleta. Ficou famoso como escritor, especialmente pelo clássico Of Mice and Men (algo como Sobre Ratos e Homens). Li o livro alguns anos atrás mais por curiosidade que interesse genuíno, e embora tenha ido até o fim não gostei a ponto de ler novamente. Mas hoje cedo, depois de chegar do pedal matutino, verificar o estado dos meus dedos dos pés e ponderar sobre o porquê de certas coisas, não pude deixar de lembrar de John, seus ratos e seus homens.

Talvez, me permiti divagar, se John Steinbeck tivesse sido ciclista e olhasse para a sola dos seus pés como eu fiz hoje de manhã, ele poderia ter escrito um livro um pouco diferente, com um título um pouco diferente. Ao invés de Of Mice and Men, que contrapõe a força e a fraqueza moral da natureza humana, ele poderia ter escrito Of Poodles and Men, explorando uma outra vertente não menos interessante da nossa espécie.

O Poodle é essencialmente um cão doméstico, e mesmo quem nunca teve um percebe isso na hora ao olhar para ele. Fica difícil imaginar um Poodle Retriever mergulhando em um lago gelado, um Poodle Shepherd comandando o rebanho, ou ainda um Poodle Husky passeando pelo gelo. Mesmo assim, uma coisa ninguém tira do Poodle: ele é tão descendente do Canis Lupus como o Pastor Alemão, o Golden Retriever e o Husky Siberiano.

O que tornou cada um desses cães aquilo que é hoje - pequeno ou grande, forte ou frágil, com pelo ou sem pelo, manso ou feroz - foi um processo adaptativo às condições ambientais. Assim, de maneira simplificada porém verdadeira, o Poodle é um lobo que foi convertido ao ambiente doméstico. Perdeu as presas, ficou menor, menos selvagem. Trocou a vida ao ar livre pela vida ao ar condicionado, a toca pelo apartamento, a carne crua pela carne enlatada, o banho de chuva pelo banho e tosa, e ao invés de afiar as unhas trotando pelas pedras vai ao veterinário (ou à manicure) para cortá-las. Nessa troca, se ele sai ganhando ou perdendo, jamais saberemos. O que importa é que os Poodles sempre me pareceram, senão felizes, ao menos conformados.

Não é necessário usar muito a imaginação para perceber que a trajetória do Poodle é também a nossa trajetória. Fizemos as mesmas trocas, aceitamos os ganhos, convivemos com as perdas. Deixamos de ser Homens das Cavernas para virar, sim, Homens-Poodle. A diferença é que alguns são conformados, ou pelo menos anestesiados. Outros não.

Não sei o que pensam os conformados/anestesiados, e não invejo seus motivos - embora respeite sua opção. Quanto aos demais, bem, esses eu conheço um pouco melhor. Alguma coisa - vamos chamar de inconformismo - os arranca da cama nas horas mais impróprias, sob as temperaturas mais improváveis. Deixando seus abrigos, eles (re)encontram no céu aberto o seu templo, no vento seu mantra, num certo sofrimento sua redenção. São atletas, montanhistas, mergulhadores, exploradores - inconformados mansos, rebeldes amadores, ateus do sistema, fiéis do no pain, no gain. Para todos esses, o que mantém o sentido da vida do Poodle não vem da cama feita, do ar condicionado, da carne picada e esterelizada ou da voltinha pela quadra. Vem da busca diária da conexão com o Lobo.

Hoje, depois do treino matutino - duas horas e pouco comungando com o frio (muito), o vento (mais ainda), e as dores pequenas e grandes da minha redenção, pisei no chão e não senti nada. Todos os dedos dos dois pés estavam amortecidos, branquinhos. Olhei para aqueles dedos brancos e sorri, confiante de que não são sinais de estupidez, insanidade e muito menos tempo perdido. São as marcas diárias da minha religação (que não por acaso tem a ver com religião).

Por tudo isso, se Steinbeck fosse atleta e mesmo assim não escrevesse Of Poodles and Men, deixaria aberto um belo espaço para que ao menos alguma coisa fosse dita sobre os pés imaculados daqueles que se renderam, e os calos, bolhas e dedos brancos dos que continuam vivendo.



domingo, 7 de agosto de 2011

Mais um treino no Morro Gaúcho

Duplinha na segunda subida da pedreira

Hoje eu e Duda fomos ao Morro Gaúcho - fazia um bom tempo que a Adrennon não passava por lá.

Fizemos nosso treino padrão: trilha dos Jung, pedreira, Morro Leão, Igreja de Arroio Grande, subida de volta pela trilha do aviário e retorno pela trilha dos Jung.

Fizemos o mais rápido possível - subimos a trilha dos Jung em 34:50, nunca antes fizemos tão rápido. 500 metros prá cima, uma leve descida e depois mais uns 100 metros de subida para uma descida bem difícil até Arroio Grande.

Trilha

4 km de corrida por estradão e mais uma subida de 500 metros. Muito barro e pedras, as articulações reclamaram. Depois da segunda passagem pela pedreira, só descida. A trilha dos Jung foi vencida em menos de 23 minutos, totalizando 3:12h de trekking/corrida.

Foram 17 km e um desnível total de mais ou menos 900 metros.

Na finaleira


Mais fotos aqui.

Durante a semana vou colocar alguns vídeos.

Valeu

Jean
Adrennon