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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Hiking e canyoning no V13

Por que gosto de corridas de aventura? Tenho uma série de respostas práticas e filosóficas para isso, mas poderia-se dizer, de forma resumida, que é 'conjunto todo' que agrada: a exigência física e psicológica e o treino necessário para melhorá-las, a necessidade de concentração e atenção, o relacionamento pessoal da equipe e entre-equipes, a adrenalina, os locais fantásticos onde as provas acontecem e por aí vai...

Nos treinos, às vezes a gente consegue conjugar algumas dessas 'modalidades' ou sensações, mas raramente TODAS ELAS estão juntas.

Pois ontem conseguimos realizar uma façanha de em um dia passarmos por perengues dignos de contar a história.

Adrennon e Black Aipim, juntos, fizemos um trekking/canyoning que iniciou às 9:00 da manhã no Viaduto 13 e terminou às 18:00 no mesmo local.

Nesse trecho vimos pouquissimas pessoas e veículos, entramos em terrenos desconhecidos e fomos obrigados a navegar e pedir informação, abrimos trilhas onde não existia ou há muito não eram utilizadas, curtimos visuais que poucas pessoas se atrevem a buscar e de sobra ainda fomos premiados com uma dose (quase exagerada, hehehe) de perigo e emoção, tivemos transições em água e mato um tanto difíceis e ainda deu tempo prá dar muita risada e tirar belas fotos.

Gostaria de deixar registrado e dar os parabéns ao Duda e Deconto, pela sua eficiência e conhecimentos bem aplicados nas cordas, sem os quais a aventura de ontem poderia ter ficado bem complicada.

E uma saudação especial a todos que tiveram disposição - sei que algumas vezes estiveram pensando "onde estamos nos metendo?", hehehe, mas aposto que a sensação de ter conseguido, no final, valeu muito a pena!

Valeu, Fábio, Duda, Deconto, JB, Martina, Luis, Kátia e Cíntia.

Abaixo o relato completo.

Jean
Adrennon

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Depois de uma breve reunião às 7:30 na casa do Duda, resolvemos mudar nosso roteiro original, em vez de entrarmos logo no canyoning, iriamos fazer no sentido inverso, já que a temperatura estava muito baixa aquela hora da manhã.

Vale do Rio Guaporé, com Viaduto 13

Nossa idéia resumida era: saímos do V13, subimos até o viaduto e vamos pelos trilhos até a cascata subterrânea. De lá, decidimos se voltamos até o V13 e seguimos pela estrada em direção a Vespasiano, ou se atravancamos mato até a mesma estrada. Depois disso, era apenas buscar um lugar para entrar no arroio e descer de volta até o carro e motos.

No final, nosso roteiro foi esse:

http://www.mapmyhike.com/hike/brazil/vespasiano-correa/244128498978681330

Começamos a subida em torno de 09:00h, e logo estávamos nos trilhos e túneis. A chegada até a cascata subterrânea (ponto A no mapa) foi bem rápida.

Ali, eu e Fábio olhamos os mapas e terreno. Havia um 'projeto' de trilha que subia, decidimos tentar a estrada pelo mato. Em uma distância de 200 metros tinhamos que subir cerca de 60, seria complicado. Quinze minutos de trilha e um paredão rochoso à nossa frente, seguimos contornando ele, até que não tinhamos mais uma trilha muito definida. Seguimos os cursos dágua que conseguimos identificar e BINGO! estrada à vista.

Pernas raladas, mas primeiro desafio vencido. A estrada que nós chegamos era esta que vinha do V13 e seguia em direção à Vespasiano. Em vez de darmos uma volta de cerca de 8 km por estrada, resolvemos seguir trilhas secundárias e tentar chegar em locais onde pudessemos visualizar o viaduto lá de cima.

Seguimos por trilhas que eu havia identificado no Google e rascunhado por cima do mapa. O serviço foi bem feito, pelo jeito, pois conseguimos atalhar conforme pretendido.

Trilha

Essa subida foi bem legal, passamos por um grande pomar de bergamoteiras e tínhamos uma longa vista do vale do rio Guaporé. Acredito termos chegado no segundo ponto mais alto da região. Seguimos em busca da 'vista' do V13, que viria logo a seguir.

Pegamos informações e acabamos chegando em uma casa humilde (ponto B), na encosta do morro, onde tinhamos 3 alternativas de caminho. Uma levava ao V13 pelo alto, outra chegava aos pés do V13 e a terceira costeava o morro, paralela ao riacho.

Viaduto 13 visto de um lado pouco comum

JB e Martina seguiram de volta ao V13, pois tinham horário marcado para retorno.

Nós seguimos pela trilha que margeava o cânion. Esta trilha começou cerca de 150 metros acima do viaduto, onde pudemos tirar algumas belas fotos, mas logo embrenhou-se no mato até que ficou complicado de avançar. A trilha não era utilizada há tempos. Íamos fazendo a trilha e de tempos em tempos visualizávamos o viaduto ao longe, passamos pela altura dele e continuamos descendo. No meio do caminho avistamos outra cascata, do outro lado do cânion, cascata que já haviamos visitado anteriormente (http://adrennon.blogspot.com/2010/03/canyoning-no-viaduto-13.html).

Quando o cânion pareceu ficar bem fechado, decidimos que era hora de buscar o arroio e assim fizemos. Entramos na água perto das 11:15.

Nossa idéia era chegarmos o mais próximo possível das cascatas antes de almoçar, pois nesse ponto teríamos que fazer 3 rapéis para vencer o obstáculo e isso ia consumir bastante tempo, já que éramos em 7 pessoas.

Um dos obstáculos do canyoning

O canyoning se mostrou um pouco mais difícil do que o esperado, tivemos que transpor um trecho nadando (sendo que dois dos nossos não sabiam nadar e não estávamos de coletes), por duas vezes tivemos que utilizar corda para descer degraus no terreno, sendo que uma dessas foi depois de um desvio por mato fechado.

Acabamos nos atrasando e chegamos na cascata somente depois das 13:00 e o rapel foi iniciado somente lá pelas 14:00.

Local de início do rapel com outra cascata ao fundo

Essa cascata (ponto C) é um caso à parte. É algo lindo de se admirar e mais ainda de vencer com rapéis, posso afirmar. Já comentei sobre ela em outro post (http://adrennon.blogspot.com/2010/03/canyoning-no-viaduto-13.html), só que lá eu errei feio na estimativa de altura (40 metros). Estávamos com uma corda de 50 metros e precisamos descer em 3 etapas. A altura total da cascata deve ser em torno de 70 metros.

O primeiro degrau tinha uma ancoragem simples e parecia ser tranquilo. A idéia era descer em corda simples até uma árvore no início do segundo degrau. Duda faria o último rapel em corda dupla até uma árvore do meio do caminho para depois chegar onde estávamos.

O que dificultou foi a proximidade da cachoeira na primeira parte, e o terreno inclinado da segunda metade do rapel. Deconto foi primeiro, deu aquelas escorregadas, só eu vi quando ele quase foi pro meio da água, conseguindo travar a menos de dois metros, né, Deconto? hehehe....

Luis e Kátia tiveram dificuldades, mas quem levou a pior foi a Cíntia, que caiu no fosso logo no início do rapel, ficando pendurada pela corda e com água até o peito, e ainda depois levou um tombo feio nas pedras lisas, brigou com a corda e tudo mais que podia dar errado... Por sinal, quase todo mundo levou algum tipo de tombo ou susto nessa primeira parte...

Mas não havia alternativa, agora era seguir em frente. O segundo degrau foi bem tranquilo, todos desceram com corda dupla até um plato na margem de um grande poço.

Segundo rapel

O terceiro degrau era o mais alto e para chegarmos na ancoragem dele tinhamos que atravessar o bendito poço na parte rasa, ou seja, a menos de 1,5 metro da queda dágua... que calafrios! hehehe mas nenhum susto nessa parte.


Última etapa do rapel

Todos desceram sem problemas, alívio geral e satisfação por ter vencido mais essa.

O restante do roteiro foi uma meia hora de arroio, mas bem plano e nada comparável ao trecho superior, e mais uns 20 minutos de trilha.

Chegamos de volta ao viaduto, cansados, realizados, endorfinados.

Mais um excelente domingo. Como comentávamos na volta, não tínhamos lugar na cabeça para mais nada, a não ser, mato, pedras, água, esquecemos completamente o 'mundo normal', hehehe...

Valeu, obrigado a todos pela companhia!

Jean
Adrennon

PS: algumas fotos estão em http://picasaweb.google.com/aventureirosdovt/20100919CanyoningV13, serão atualizadas durante a semana.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ranking

Atualização do RBCA em 03/09/2010: Adrennon em 27o no ranking brasileiro, 4a equipe do RS.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010