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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desafio Oktoberaventura 2011

Estivemos nos dias 08 e 09/10 em Igrejinha, para a última etapa do Circuito Tchê de Aventura 2011. A equipe contou com Jean, Tati, Duda e Giovani. Prova diferente, com duas etapas (trekking de 20 km no sábado e mais 50 e poucos km no domingo).


Partimos para o trekking noturno no início da noite de sábado, já com as lanternas acesas, enfeitando as ruas de Igrejinha. A largada foi na mesma direção do ano passado, já anunciando a conhecida subida em direção a RS-020, onde pegamos o PC1.

Atrasamos um pouco ao cruzar a RS, pois desistimos de acessar a trilha por um atalho que se mostrou muito difícil. Retornamos até a estrada e perdemos algum tempo ali, mas logo iniciamos uma trilha prá lá de especial. Saíndo da estrada, cruzamos cercas (várias cercas), potreiros alagados e subimos por entre pedras, com uma neblina densa num local onde - segundo o Duda - não subia nem vaca! Foram cerca de 200 metros de elevação em uns 700 metros de extensão.

Na descida, a neblina ainda dificultava, mas depois de descermos um pouco, conseguimos visualizar a RS novamente e saimos direto no PC2.

Seguimos com uns 3 km correndo, parte asfalto, parte estradão, até o PC4, onde entramos em uma trilha em mato fechado. Trilha das boas! Cerca de 1 km depois pegamos o PC5 e agora era voltar prá cidade. Na finaleira, ainda chegamos bem, mantendo o ritmo da corrida na parte urbana.

Terminamos com 2:52h esse trecho noturno.

Ginásio lotado, todos apressaram seu banho e tiveram uma ótima janta. Por sinal, tudo muito bom nessa parte da organização. Alojamento, banho, refeição, reunião técnica, tudo no mesmo local, prá facilitar a vida dos atletas - e também prá ajudar na confraternização, muito legal a galera toda reunida....

A chuva que se anunciava não veio no domingo de manhã e agora a preocupação era o sol e calor. Novos mapas recebidos às 7:30 prá largada, de bike, às 08:00.

Largamos em direção a Três Coroas, cerca de 4 km depois uma trilha até o PC1 e toca subir! No meio da subida, trilhas secundárias, várias equipes batendo cabeça. Volta, pára, pensa. Agora vai! Mais uma pequena subida e logo estávamos descendo em direção ao canioning.

O canioning foi simplificado por opção da organização - segurança, então foi apenas um bate volta bem rápido e segue mais cinco km de pedal até iniciarmos a subida do Morro da Cruz. Agora sim, subimos muuuuito.... de 250 prá mais de 700 metros...


Chegamos no AT1, parada rápida prá decidir quais duplas fariam qual trecho na divisão para o Bike&Run. Os dois 'joelhos quebrados', eu e Giovani, ficamos com o trecho mais curto. Conseguimos render bem até o PC6, onde nos juntamos a Tati e Duda para retornar à AT, com uma paradinha no boteco para tomar uma coca-cola. Já era quase meio-dia e o calor estava judiando.

Depois da AT, pegamos novamente as bikes e encaramos uma descida bem difícil de MTB, muitas pedras, algumas passagens tinham que ser feitas a pé, mesmo. Os freios (e as mãos) sofreram nessa parte. Seguiram-se uns 8km de estradão, sem problemas.

No AT3, largamos as bikes para uns 8 km a pé, com 2 PCs a serem buscados em qualquer ordem. Fizemos primeiro o PC dentro da trilha, um bosque de pinheiros bem legal. Foi uma boa opção, pois ao sairmos do bosque já avistamos o próximo PC, uma torre de alta tensão. Vimos que várias equipes que tinham feito o trajeto contrário estavam com dificuldades para achar a trilha do PC anterior. Um morrinho sacana antes de chegar na torre e depois voltamos pro estradão.

Na volta até a AT fomos agraciados por um morador que deixou uma garrafa pet de 2 litros com água geladíssima a disposição no portão da casa. Por sinal, passamos por vários moradores durante a corrida, acompanhando, torcendo e incentivando. Muito legal.

Agora era apenas um pequeno trecho de bike até voltar prá cidade.


Resultado final do trecho no domingo: 5:41h. Classificação final: 8o lugar.

Prova muito boa, lugares bem selecionados para o trajeto. O circuito Tchê para 2012 promete!

Valeu!

Jean
Adrennon


domingo, 2 de outubro de 2011

Pedal e canioning em Encantado - descobrindo novas cachoeiras

Passeando pelo Google Earth hoje de manhã vi uma foto interessante de uma cachoeira que não conhecia, perto de Encantado. Como tinha treino marcado, decidi ir para lá.

Comecei com 1,5h de pedal em asfalto e estradão. Assim que saí da rodovia, pedi informações, para saber se a cascata realmente existia e se estava no lugar certo. Tudo confirmado, dicas pegas ("uma vez tinha uma placa na entrada, mas acho que não tem mais"... ai, ai, ai, ...rs...), comecei a subida.

Munido de mapa, não segui pela estrada que o pessoal havia sugerido, pois era uma estrada nova, confiei mais no meu mapa. Quando os morros começaram a fechar, encontrei uma cachoeira na beira da estrada, tirei umas fotos, mas pelo que me lembrava da foto da internet, era bem diferente.

Segui mais uns 2km e aí, ao passar um pontilhão, a estrada mudava completamente de direção. Era o meu ponto de referência. Mas não parecia ter nada lá, só um pequeno acesso até o arroio.


Passei, voltei, olhei de novo... agora, parênteses: esse é um local que serve de exemplo de como nosso turismo é mal aproveitado e mal explorado. O lugar é muito bonito, como vou descrever abaixo. Alguém, em algum momento, REALMENTE colocou uma placa lá.

A placa tem MAIS DE UM METRO de altura e de comprimento e, acreditem, tive que ficar a dois passos dela para enxergá-la! Quando vi a placa, afastei um pouco o mato ao redor e surgiu o que parecia ser uma trilha. Tudo completamente tomado pelo mato, abandonado.

É realmente uma pena... não posso julgar se isso é problema de falta de interesse da população ou falta de cuidado da administração pública, mas algo deveria ser feito para preservar e aproveitar melhor locais como esse.

Bom, em seguida prendi minha bike e comecei a trilha. A trilha toda é margeando o riacho. Mato estava bem fechado, muitos arranhões. Mas curti uma conseqüência boa do descaso: não vi um pedaço de plástico ou qualquer outro tipo de lixo no caminho, as árvores que a última enchente derrubou ainda estavam lá, e cobertas de musgo. Acho que foi uma das trilhas mais preservadas que já fiz.

Algumas centenas de metros acima, depois de atravessar o riacho algumas vezes e também caminhar um pouco pelo leito dele, uma bifurcação. Segui em direção ao riacho, mais uns 400 metros de canioning e encontro a cachoeira. Essa, sim, era a da foto que eu tinha visto. Sem tanta água hoje, mas ainda sim bem legal, acho que uns 35 ou 40 metros.


Curti um pouco, fiz um lanche e voltei para pegar a outra trilha. Mais ralação, muita subida - a placa avisava.


Caminhei bastante e achei o que talvez colaborou para o abandono do local: no meio da trilha uma cerca de arame farpado. E não uma cerca comum, essa tinha pelo menos uns 6 fios, sinal que quem colocou realmente não queria que alguém passasse. Voltei um pouco e entrei no riacho novamente, descendo, com intenção de chegar na cachoeira pelo lado de cima. Cheguei, o local é bom para um rapel e até mesmo para um banho, mas não deu para chegar muito perto da beira.

Objetivos atingidos, agora era só voltar até a bike e recomeçar o pedal. A volta pareceu bem mais rápida do que a ida, logo estava pedalando e começando um tremendo down-hill, bem sinuoso e cheio de pedras. Me custou um banco quebrado essa descida! hehehe...

Mais uma hora e pouco e estava em casa. Foram mais ou menos 75 km de pedal (uns 25 em estradão) e uns 5 km de trilha/canioning, num total de 5 horas de treino.

No final, duas situações que merecem relato:

- estou atravessando a ponte de ferro de Arroio do Meio (prá quem não conhece, nela só passa um veículo por vez, pois o piso é de madeira, sobre os dormentes existe um reforço de madeira sobre o qual as rodas dos veículos passam), quando vem um carro do outro lado. Ele pára, me enxerga, E RESOLVE ENTRAR... Eu já tinha visto fazerem isso com uma moto, mas comigo, não, violão! Abri os braços, expressando minha indignação (isso que eu estava a 20 metros do final da ponte) e não saí do espaço de rodagem. Ele desviou, caindo fora dos 'trilhos' e resmungou alguma coisa que não entendi de tão enrolada que estava a língua (bêbado?). Eu podia ter saído do trilho? Podia. Mas isso só ia fazer com que esse motorista, da próxima vez, repetisse o desrespeito... Às vezes sou assim, gosto de fazer valer meus direitos...hehehe...

- agora descendo a Pascoalini, perto da Farmácia do João, uns 10 carros chegando na sinaleira em fila dupla. Vem um casal de ciclistas da esquerda, com duas crianças pequenas nas cadeirinhas, entra perigosamente entre os carros, em velocidade incompatível com o trânsito, com a manobra que fizeram e principalmente com as crianças. Numa total falta de respeito e cuidado, transitam por entre os carros e o cara passa reto no sinal fechado. A mulher parou atrás de mim, mas só pelo tempo suficiente para conseguir desviar e cruzar também o sinal vermelho. Eles seguem andando pelo meio da via (onde dá com certa segurança para passar dois carros e uma bicicleta), perigosamente e cruzam novamente o sinal vermelho em frente ao posto de combustível. Não sou hipócrita a ponto de dizer que paro em todos sinais vermelhos, mas aplico sempre algo muito simples chamado BOM SENSO... Caramba, além de colocar as crianças em perigo, obrigar os motoristas a fazer manobras anormais, estão ensinando a falta completa de respeito às crianças... e os motoristas, certamente, pensando "Esses ciclistas!"...

Bom era isso por hoje.

Grande abraço

Jean
Adrennon