Quero colocar aqui meu depoimento sobre a Corrida de Silveira Martins que a Adrennon participou. Dessa vez quem correu conosco (Duda, Jean e Tati) foi o Eduardo Deconto, componente da Black Aipim.
Para nós essa corrida já começou na quarta-feira, dia 21, quando nos reunimos para montar o planejamento de todo o final de semana, q nos guardava muitas aventuras.
A saída foi ás 15h de sábado, os meninos de Estrela e eu de Poa, nos encontramos em Tabaí e de lá seguimos até Silveira Martins. Como a ponte perto de Santa Maria caiu, utilizamos um desvio, muito mal sinalizado, sem muitas informações. Mas depois de subirmos uma íngreme serra chegamos à pequena e pacata cidade de Silveira Martins.
No briefing já tivemos a impressão de um pouco de falta de preparação e organização da prova, também confirmamos que na categoria expedição só teriam quatro equipes (Papaventura, Servajão, Chimarrão e Adrennon), com a desistência de uma equipe de militares.
A nossa janta foram algumas deliciosas pizzas preparadas pela Patrícia (esposa do Jean), depois disso muita concentração, preparação e organização do material e um pouco de descanso antes da largada.
A fria largada ocorreu ás 24h do dia 24/04 de bike. Alguns metros após a largada já tivemos que tomar nossa primeira decisão, a organização havia falhado e não entregou o cartão de controle da prova, como no briefing haviam nos dito que quem não tivesse o cartão seria desclassificado ou precisaria voltar até a largada para pegar outro, optamos por voltar e pegar o nosso, diferentemente das outras equipes. E para nossa decepção ganhamos apenas uma bonificação de 15min.
A primeira pernada de bike foi de 36 km, calculamos em torno de 2h para completa-lá e chegar às bóias, já que a próxima modalidade seria o bóia-cross. Doce ilusão, esse primeiro trajeto foi o mais difícil da corrida, muuuita subida e descida, uma serração forte que nos impossibilitava de ver mais de dois metros à frente. Cruzamos com muitas equipes perdidas, nós chegamos a errar algumas entradas também, mas seguimos em frente. No PC1 vimos que estávamos em último nos quartetos +- 15min atrás do penúltimo. E ainda tínhamos muita subida e perigosas decidas pela frente.
Chegamos ao AT1 às 4h45min, mortos de fome, já que lá tínhamos acesso ao primeiro saco de alimento (de três), optamos como estratégia não levar muita comida para n pesar a mochila. Para nossa surpresa, estávamos em segundo lugar atrás apenas da Papaventura. Encontramos uma de nossas bóias furadas, sorte nossa conseguir emprestada uma das bóias da Papas que já haviam saído da água. Isso nos consumiu uns 30min.
Entramos na água por volta das 5h20, com uma temperatura aproximada de 12°C, totalmente suados, com frio, água fria, e tentando remar para algum lugar que não enxergávamos. Demoramos 2h pra fazer os 4 km rio Jacuí abaixo. Saímos no AT2 e não encontramos ninguém da organização. A pé, levamos as bóias até o PC 2 (2,5km distante dali). Seguimos no trekking por mais 6 ou 7km. Ao chegar novamente nas bikes Descobrimos que as outras duas equipes (que deveriam estar atrás de nós) haviam desistido, ou seja, se concluíssemos a prova seríamos segundo lugar e para buscar o primeiro lugar, realmente seria muito difícil.
Então seguimos o restante da prova com essa estratégia de concluir a corrida com tranqüilidade.
Fizemos os quatro, um rapel muito legal na torre da igreja de Ivorá.
Por fim, seguimos de bike até a chegada, já que pegamos corte no último trekking (assim como a equipe campeã), que seria de 30 km. Fomos presenteados com mais uma longa serra para subir somada a chuva intensa.
Chegamos às 14h20min, como tínhamos o bônus de 15min, nossa chegada oficial ficou registrada em 14h05min.
Foi uma corrida que serviu como experiência de novas situações, de superação e de coletividade. A prova em si teve muitas falhas que atribuímos ao fato de ser a primeira realizada lá. Agora estamos na expectativa de correr em Guaporé, claro, se n aparecer nenhum maluco querendo correr 150km em algum outro lugar, né seu Jean?
Bjs a todos e vamos se puxar galera!
Nos encontramos em Guaporé!
Tati Sander
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